A intervenção humana se faz cada dia mais presente nos vinhos do mundo, suprindo carências decorrentes da natureza, ou aprimorando o que ela proporciona aos vinhos e vinhedos. Assim, ocorre a globalização do vinho.
Recentemente, pesquisadores italianos no Instituto Agrario di San Michele All”Adige alcançaram o sequenciamento completo do genoma da videira, abrindo novas perspectivas para produção e qualidade das uvas. Na França já foi desenvolvida uma modificação no genoma da videira, de forma a obter imunidade a um vírus ocorrente na folha da vítis.
Existem, na África do Sul, cultivos experimentais de transgênicos das cultivares Chardonnay, Sevyal blanc, Merlot, Shiraz e Thompson, visando o aumento de resistência a doenças fúngicas. Quem sabe, em breve, cheguemos a uma transgenia na Vitis vinífera que a torne resistente à filoxera e assim, facilitemos o cultivo das viníferas no mundo, sem a necessidade de enxertia.
Esses avanços vem despertando a crítica de ecologistas e dos defensores da enologia tradicional. A uva geneticamente modificada é um progresso da engenharia genética para a viticultura, mais um passo na modernização e globalização da enologia, talvez, um passo a mais na busca da perfeição da produção de vinhos no mundo. Talvez um abandono das tradições viníferas de exprimir o melhor de cada local, cada terroir, de imprimir as características da região no vinho, em contraponto à maximização dos cultivos da vide e produção em larga escala de vinhos globais e padronizados.
Existem, na África do Sul, cultivos experimentais de transgênicos das cultivares Chardonnay, Sevyal blanc, Merlot, Shiraz e Thompson, visando o aumento de resistência a doenças fúngicas. Quem sabe, em breve, cheguemos a uma transgenia na Vitis vinífera que a torne resistente à filoxera e assim, facilitemos o cultivo das viníferas no mundo, sem a necessidade de enxertia.
Esses avanços vem despertando a crítica de ecologistas e dos defensores da enologia tradicional. A uva geneticamente modificada é um progresso da engenharia genética para a viticultura, mais um passo na modernização e globalização da enologia, talvez, um passo a mais na busca da perfeição da produção de vinhos no mundo. Talvez um abandono das tradições viníferas de exprimir o melhor de cada local, cada terroir, de imprimir as características da região no vinho, em contraponto à maximização dos cultivos da vide e produção em larga escala de vinhos globais e padronizados.
Mecanização dos cultivos, automatização da produção, climatização, técnicas elaboradas e aprimoradas de vinificação e de controle dos processos envolvidos para uniformizá-los em todo o mundo, e até o vinho transgênico. Este é o vinho do futuro, para onde se direciona a enologia moderna, um vinho sem terroir, alcançado com o “supra-sumo” da ação humana, podendo ser cultivado e produzido em qualquer lugar, fazendo-se uso da “excelência tecnológica”.
Sinceramente no me atrevo a indicar el limite entre modernidad y tecnología que estaría dispuesto a aceptar, ante la tradición, la noción de terroir, y la cultura vitivinicola como la conocí hasta ahora.
ResponderExcluirAcho lamentável. O ser humano deveria se dedicar a sua própria transgenia para um ser humano mais simples e natural. "Carencias decorrentes da natureza" para mim é o próprio ser human.
ResponderExcluirPéssimo "progresso"!
ResponderExcluirDesde já sou um opositor declarado do "vinho trangênico".
é uma pena mesmo que as coisas estejam tomando esse rumo, não só em transgênia como em toda a globalização e modernização da enologia. Obrigado pelo apoio.
ResponderExcluirLamentável!
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