Estiagem Favorece Viticultores do RS

   

  O fenômeno La Niña provocou sérias alterações climáticas no Estado, o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial tornou o clima mais seco no período. Um cenário problemático para os tradicionais produtores de Soja e Milho, porém excepcional para a produção de uva, favorecida em qualidade pela baixa umidade da safra.

     Apesar dos efeitos do La Niña estarem se abrandando neste final de fevereiro, sua influência continuará forte no Estado, já que a atmosfera apresenta uma adaptação gradual ao clima, retornando à neutralidade apenas no inverno, estação que por si só é de pouca umidade no RS.

     A região da Campanha e a metade Sul do Estado gaúcho são as mais afetadas pelo fenômeno, onde a estiagem se faz presente em maior intensidade; ideal para quem apostou nesses novos pólos vitícolas. A tradicional produtora Serra Gaúcha sofreu um excesso de precipitações em fevereiro, porém, segundo um estudo do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão é de um déficit de chuvas em março e, em abril o volume de águas deve normalizar. Esse período de déficit deve otimizar a colheita das uvas tintas tardias até meados de abril.

     A colheita 2011 deve encerrar com ótimos resultados, a menor umidade proporciona maior acumulação de açúcar e menor ocorrência de doenças fúngicas. Com a situação climática favorável, fica facilitada a agronomia e as uvas originárias desta safra devem gerar vinhos exemplares e dignos de excelência em qualidade, isso em consonância com o trabalho enológico de ponta em nossas vinícolas.