O Brasil já ganha destaque no cenário vitivinícola mundial e está no rol das grandes nações apaixonadas pela bebida mais antiga do mundo. O mercado consumidor em potencial do país atrai a atenção de exportadores e de tradicionais produtores mundo à fora. Em 2010 as importações de vinhos finos tintos, brancos e rosados totalizaram 70,74 milhões de litros, um crescimento de 26,8% em relação a 2009, segundo dados divulgados pelo IBRAVIN.
Porém, a produção, no Rio Grande do Sul, de vinhos finos tintos, brancos e rosados descresceu 37,8% em 2010 em relação a 2009, conforme dados do mesmo instituto e a comercialização destes vinhos decresceu 35,34% para o mesmo período.
O cenário é diferente para o mercado de vinhos espumantes produzidos no RS. Em 2010, conforme o balanço do IBRAVIN, foram vendidos 12,5 milhões de litros de vinhos espumantes, um crescimento de 12% em relação a 2009. Enquanto, em 2010, as importações crescem 26,8%, a produção e as vendas dos finos produzidos no RS apresentam queda na casa dos 30% e a comercialização de espumantes persiste e aumenta 12%.
Isso denota a qualidade dos vinhos espumantes brasileiros, uma bebida diferenciada, própria e com qualidade inquestionável, conquistando premiações variadas pelo mundo do vinho. Como no 11º Concurso Internacional Muscat du Monde, na França, onde um vinho verde-amarelo foi considerado um dos 10 melhores Moscatéis do mundo e ainda conquistamos uma medalha de ouro e cinco de prata.
Assim, fica reforçada a tese de que o produto enológico brasileiro é o vinho espumante. Somos capazes de ir muito além dos tintos, merlots, cabernets ou outro qualquer que seja com as borbulhas. O mundo já bate continência à autoridade de nossos espumantes e, no Brasil, ainda prevalecem os vinhos tintos finos como os prediletos. Os espumantes do Brasil merecem toda a atenção dos brasileiros para consolidarmo-nos como produtores de alto padrão enológico.
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