Apesar
da tão esperada estiagem, consequente do fenômeno La Niña, prometer uma colheita
excepcional durante a safra 2012, os vinhedos da Serra do Rio Grande do Sul
passaram por várias adversidades.
O
granizo que ocorreu na região durante a primeira quinzena de dezembro, época de
formação dos cachos, trouxe um sério prejuízo para alguns viticultores,
principalmente em Flores da Cunha e Caxias do Sul, ao todo foram atingidas 1,2 mil propriedades em 12 municípios.
As
condições de deficiência hídrica na época de enchimento das bagas deixaram nas
debilitadas, fazendo com que se recorresse a meios atípicos, como precários
sistemas de irrigação, utilizando mangueiras e até transportando água em tonéis
para salvar a produção.
Esse cenário nos leva a concluir que é preciso que
haja uma maior precaução para situações adversas. Os métodos de irrigação,
controle de geadas e outras técnicas devem ser popularizados para que não
fiquemos a mercê do clima, colocando em risco um árduo trabalho de anos nas
lavouras. Só com essa devida precaução poderemos nos consolidar no mercado de vinho
como produtores diferenciados.
Contudo, a redução da umidade na safra gerou
uvas mais sadias e como consequência uma menor necessidade de tratamentos fitossanitários. Dessa
forma, a produtividade será um pouco reduzida, porém, com um incremento na
qualidade das uvas, que gerarão excelentes vinhos.
As uvas para vinhos
espumantes, como as chardonnay e pinot noir, foram as maiores beneficiadas pelo clima do verão da serra gaúcha. Em
dezembro e janeiro houve poucas chuvas e uma média de temperatura amena, entre
25º e 30º, além da elevada amplitude térmica entre dias e noites, o que favoreceu o equilíbrio entre açúcar e acidez e ainda uma complexidade de aromas.
Condições ideais para
o vinho espumante emblemático da região e que proporcionam a ele o frescor e jovialidade
típicos dos consagrados vinhos espumantes da Serra Gaúcha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário